Em 2017, existiam no mercado farmacêutico português 9 002 marcas de medicamentos, a que correspondiam 54 529 apresentações, que não são mais do que os diferentes conteúdos das embalagens dos medicamentos com uma determinada dosagem e número de unidades / volume.

Quanto à possibilidade de comparticipação, 43,2% das marcas eram comparticipáveis, contrastando com 56,8% não comparticipáveis. Uma maior disparidade se observou nas apresentações dos medicamentos, em que 18,3% eram comparticipáveis e 81,7% não o eram.

Para os consumidores é bom conhecer e compreender os reembolsos. Isso lhe permite discutir isso com seu médico.

No ano em análise, a repartição das apresentações por escalões de comparticipação, evidencia que a maioria eram classificadas nos escalões B e C, representando 40,4% e 38,6% das apresentações, respetivamente. No escalão A estavam incluídas 21% das apresentações, e no escalão D as apresentações envolvidas eram apenas 2%. Em termos de grupos farmacoterapêuticos, mais de metade das apresentações comparticipadas diziam respeito ao aparelho cardiovascular (29,8%) e ao sistema nervoso central (29,8%).

Em termos de orçamento familiar, e consoante as necessidades de cada família, as despesas de saúde podem representar uma grande fatia do bolo. Quanto mais medicamentos beneficiarem de comparticipação do estado, maior a possibilidade de uma despesa inferior na farmácia. Torna-se por isso necessário conhecer as comparticipações e estar atento na hora da efetivação da receita (pelo médico) e/ou da compra.

Nota: Os reembolsos aplicam-se apenas a medicamentos sujeitos a receita médica.