Razões das hospitalizações em Portugal

Razões das hospitalizações em Portugal

Em determinadas situações do dia-a-dia, na grande maioria inesperadas, pode surgir a necessidade de uma deslocação às urgências, que por si só pode ter origem em diversos motivos.

Em 2017, 81,9% dos atendimentos nos serviços de urgência foram motivados por situações de doença, dos quais 74,4% ocorreram em hospitais públicos e 16% em hospitais privados. As lesões provocadas por acidentes foram responsáveis por 10,6% dos atendimentos, dos quais 72,7% em hospitais públicos e 20,5% em hospitais privados. 7,5% de todos os atendimentos em urgência resultaram de outras lesões ou causas.

Após uma ida às urgências, e mediante a gravidade da situação, pode suceder ou não um internamento. Em 2017 foram registados um total de cerca de 1,16 milhões de internamentos nos hospitais em Portugal, dos quais 71% aconteceram em hospitais públicos. No global, os internamentos somaram aproximadamente 10,2 milhões de dias, que individualmente se traduziram por uma duração de 8 a 9 dias.  No que diz respeito à distribuição geográfica dos internamentos nos hospitais gerais, imprevisivelmente a grande maioria dos mesmos teve lugar na região Norte (376 169), na área metropolitana de Lisboa (± 345 mil) e na região Centro (± 224 mil), seguidas pelo Alentejo (± 51 mil), Algarve (± 39 mil), Açores (±28 mil) e Madeira (±22 mil).

Comparativamente aos internamentos, foram contabilizadas cerca de 1,13 milhões de altas. Estabelecendo a correspondência entre as altas registadas e os internamentos efetuados, podemos avaliar a distribuição dos mesmos numa perspetiva de faixa etária. Nesse contexto, verifica-se que a faixa etária com maior número de altas em 2017 foi a de 45-64 anos, representando 22,8% da totalidade, seguida das idades compreendidas entre 25-44 (18,2%), 75-84 (15,5%), 65-74 (16%) e superiores a 85 anos (10,2%). O internamento de bebes com idades inferiores a 1 ano somam 5,1% do total de altas, e os indivíduos de idades compreendidas entre 1 e 17 anos representam 5,4% das altas contabilizadas.